quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Surpresa no Mercado Financeiro:


COPOM reduz taxa SELIC

Por Hamilton Felix Nobrega

O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu após a reunião do dia 31/08, ao decidir reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual para 12% ao ano. Com isso, interrompe-se o processo de aperto monetário iniciado desde janeiro deste ano.


A redução ocorre após cinco altas consecutivas e o mercado estava dividido quanto ao resultado da reunião. Parte acreditava na estabilidade e outra falava em diminuição dos juros.
A Selic é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais, ou seja, é a média de juros que o Governo Brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos.

A taxa funciona ainda como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado para financiamentos e empréstimos, que são influenciados também por outros fatores, como o risco daqueles que pegam dinheiro emprestado e não possam pagar a dívida.

Assim, quanto maior a Selic, mais caro fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores. A Selic é importante para a política econômica, porque o Governo usa essa taxa como instrumento para controlar a inflação. 

Você sabe realmente o que é o COPOM?


É o Comitê de Política Monetária, órgão criado pelo Banco Central em 20 de junho de 1996, por meio da circular 2.698, e tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa básica de juros. Ainda, tem a competência específica de manipular a liquidez econômica, por meio dos instrumentos de política monetária.

O Copom é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e é presidido pelo presidente da autoridade monetária. Também integram o grupo de discussões os chefes de departamentos, consultores, o secretário-executivo da diretoria, o coordenador do grupo de comunicação institucional e o assessor de Imprensa.


E o que significa SELIC?

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Criado em 1979, é um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos públicos, tanto os títulos federais, como os estaduais e municipais emitidos até 1992.

Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso ao SELIC, o qual opera em tempo real, permitindo que os negócios tenham liquidação imediata. Os operadores das instituições envolvidas em uma transação com esses títulos, após acertarem os negócios, transferem estas operações, via terminal, ao SELIC. O sistema imediatamente transfere o registro do título para o comprador e faz o crédito na conta do vendedor do título. Ambas as partes têm certeza da validade da operação efetuada.
Na verdade os títulos são escriturais mantidos por um super computador, sendo administrado pelo DEMAB (Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central).

Os principais títulos públicos federais negociados no SELIC são: Letra Financeira do Tesouro, Letra do Tesouro Nacional, Nota do Tesouro Nacional, Bônus do Banco Central, Letras do Banco Central, Notas do Banco Central, entre outros.


Qual o impacto real da taxa SELIC na economia?

Controlar a inflação;
Influencia diretamente o cheque especial, crediário, cartões de crédito e poupança, por exemplo.

E como afeta o consumidor?

Se os juros caem, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais.
Mas, de acordo com a lei da oferta e procura, quanto maior for a demanda, maiores os preços de produtos e serviços.

Resultado: inflação

Foi isso que aconteceu nos últimos meses. O temor do governo diante desse cenário motivou várias vezes o aumento da taxa Selic, que foi de 9,5% a 12% ao ano em 12 meses.
Com a Selic baixa, fazer um empréstimo ou comprar a prazo sai mais em conta para o consumidor. Com mais crédito, há mais dívidas.

Um levantamento recente aponta que de 2009 para 2010, a renda do brasileiro cresceu 13%, enquanto os gastos subiram 16%. Com isso, 53% das famílias viram suas despesas ultrapassarem a renda.
A questão é que se constrói um ciclo, pois tanto a inflação quanto o encarecimento do crédito afetam o poder de compra e a capacidade de pagamento. Isso significa maior inadimplência. Em julho, o endividamento chegou a 1,5%, em relação a junho.

Hoje, os analistas recomendam que o trabalhador não assuma novas dívidas, já que o crédito está caro.


Considerações Finais

É a taxa Selic que dá a medida das outras taxas usadas no País. E quando ela aumenta, o momento pede prudência. Portanto, mesmo sem ter muito conhecimento sobre o assunto, esteja sempre atento quando ouvir falar nessa taxa. Pode até ser um processo chato, mas, para que nada saia do seu controle, é sempre importante ficar atento às taxas de juros e entender quais são as melhores opções para o momento.
Quando houver aumento da taxa, fique esperto. A dica é evitar fazer contas parceladas e ter cautela na hora de usar o cartão de crédito.

Fontes:
Agencia Estado: http://www.ae.com.br
Banco Central: http://www.bcb.gov.br


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