quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Reflexões acerca do Filme WALL-E: Consciência Ambiental através do Cinema Infantil

Por Hamilton Felix Nobrega

A história se passa num futuro muito distante, onde o planeta terra fora abandonado pela humanidade, após um desastre ambiental que o degradou. Os seres humanos abandonaram sua terra natal e suas origens, deixando para trás apenas resíduos que tornaram impossível sua própria sobrevivência em seu habitat original.

Contudo, um robozinho chamado Wall-E,  criado para limpar o planeta, continua a missão de juntar os detritos da humanidade e compactá-los para que depois possam ser empilhados e acumulados em depósitos. O objetivo desta sua atividade é sanear o planeta… Mas pergunta-se: sanear como, se em toda a parte do planeta apresentado na história só há entulhos?




Quando o filme se inicia, à distância vemos uma grande cidade, com edifícios enormes. Mas, na medida em que a câmera se aproxima, percebemos que esses prédios são, na verdade, pilhas e pilhas de resíduos acumulados há anos pelos vários Wall-es, já que não há lugar para descartar tanto resíduo.



De todos aqueles Robôs, apenas um continua ativo. E sua única companhia é uma esperta é ágil baratinha, sobrevivente do desastre ambiental que não permitiu a nada mais que fosse orgânico a sobrevivência na Terra. Em suas andanças e limpezas do planeta, Wall-E descobre uma plantinha preservada dentro de um refrigerador e, com ela, a esperança de que a vida aconteça novamente… Ele passa então a cuidar com o maior zelo possível.

Mas é a chegada de Eva, outro robô, (enviado a Terra pelos sobreviventes que estão há séculos instalados e plenamente acomodados numa nave a perambular pelo universo em nosso planeta) que dá o tom de romance, humor e graça ao filme memorável. 



É um bibelô pela preservação do planeta. Um romance belíssimo e totalmente diferenciado. Uma ficção em que os personagens principais não falam sequer uma palavra. Uma animação destinada a entrar no rol das mais impressionantes e fascinantes já realizadas em todos os tempos.

WALL-E propõe em seus 97 minutos de duração que deixemos de simplesmente demonstrar preocupação e passemos a ações que, de fato, encaminhem o planeta para uma realidade sustentável e não-agressiva ao meio-ambiente. 

Nesse sentido, a discussão desta temática tão urgente em uma produção destinada às crianças, é bastante pertinente. 


Pode e deve despertar na criançada e também nos pais e nas escolas, espaço para conversas, muitas conversas. Nas escolas, especificamente, WALL-E deve contribuir para o fomento de projetos, debates, trabalhos, tarefas e paralelos com aulas das mais diversas disciplinas (ciências, geografia, biologia, ética, sociologia, história...). E, se não bastasse a temática principal, há ainda espaço para discussões quanto à tecnologia, o universo, relacionamentos, alimentação, exercícios físicos, lixo...

Outra característica marcante de WALL-E que o torna um espetáculo único, uma verdadeira obra de arte, é o modo como comunica as idéias para o público, em especial durante o tempo em que não há humanos em cena... Sem palavras, apenas com ações, expressões, imagens... Uma verdadeira e íntegra lição de cinema... Show! 
Remete-nos aos filme de Charlie Chapplin.


Com esse filme, foi construindo uma fábula ecológica moderna de profundo impacto social e político, ainda mais em se tratando de um desenho animado.

Se WALL-E serve ou não como aula de educação ambiental é uma discussão que permanece aberta, mas basta a polêmica lançada em alguns trechos do filme para evidenciar que a fita contém mais do que entretenimento puro e simples.

domingo, 6 de novembro de 2011

Carga Tributária: Uma questão de vontade política no manicômio chamado Brasil!

Por Hamilton Felix Nobrega


Com um índice de 34,5%, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, estando à frente de países como Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Japão, por exemplo, o que representa um valor aproximado de arrecadação de R$ 195,05 bilhões.

Entra ano, sai ano e uma queixa recorrente entre todos os brasileiros é o peso que essa carga exerce sob a vida das pessoas e das empresas, pois o governo federal sempre anuncia medidas que mexem diretamente no bolso de todos. 

Mas afinal, o que é essa tal carga tributária?

É a quantidade de tributos (impostos, taxas e contribuições) das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) que incidem sobre a economia, que é formada pelos indivíduos, empresas e os governos nos seus três níveis. 

O sistema tributário brasileiro é composto por 61 tributos federais, estaduais e municipais. Especialistas da área consideram essa quantidade um exagero, o que contribui para a complexidade das normas que regulamentam os tributos. Países desenvolvidos têm uma estrutura tributária mais eficiente, com uma menor quantidade de tributos.

Quem sofre mais com essa carga tributária?

Na verdade, quem paga é sempre o consumidor. As empresas apenas repassam ao governo os tributos vindos do consumidor que adquiriu o produto ou serviço, com exceção das tributações sobre os lucros das empresas. Isso porque a tributação no Brasil incide majoritariamente sobre o consumo, enquanto os países mais ricos concentram a maior parte de sua cobrança sobre o patrimônio e a renda.


Para o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Eloi Olenike, nos últimos dez anos os governos retiraram da sociedade brasileira R$ 1,85 trilhão a mais do que a riqueza gerada no País. Ele afirma ainda que o agravante é que esses recursos não foram aplicados adequadamente, no sentido de proporcionar serviços públicos de qualidade à população. No ano de 2010, cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 6.722,38.

Especialistas afirmam que a participação da carga tributária não deveria ultrapassar os 25% do PIB. Dessa forma, atenderia melhor as necessidades de crescimento da economia e da infra-estrutura do país. Tributaristas defendem que o país tem de criar uma meta de carga tributária de 15% do PIB dentro de 15 a 20 anos.

Segundo o estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é uma entidade internacional com sede em Paris (França) composta por 33 países, o brasileiro tem que trabalhar cinco meses do ano somente para custear a cobrança de tributos e em outros cinco meses para pagar, ao setor privado, os serviços públicos essenciais que o Governo deveria garantir-lhe, com a aplicação dos recursos em modelos eficientes de saúde, educação, moradia, entre outros.


Outro dado divulgado é que, de cada R$ 100,00 gerados pela economia em 2010, R$ 35,04 viraram tributos e foram parar nos caixas dos governos dos Municípios, Estados e União.

Os impostos no nosso país estão abaixo de países europeus, altamente desenvolvidos, como é o caso da Dinamarca (48,2%), Suécia (46,4%), Itália (43,5%) e Bélgica (43,2%). Mas ao contrário do Brasil, esses países prestam serviços públicos de qualidade à população sem que ela precise recorrer à iniciativa privada.


Estudos revelam ainda, que o Brasil lidera disparado o ranking em carga tributária dentre os países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro, ficando à frente da Coréia do Sul (25,6%), Turquia (24,6%), Rússia (23%), China (20%), Chile (18,2%), México (17,5%) e Índia (12,1%).


O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, afirmou com todas as letras em fevereiro desse ano, em entrevista a revista Época, que o Brasil é um manicômio tributário, pois é o único país do mundo a taxar um produto industrializado com o IPI, pelo simples fato de sua transformação industrial, sendo essa prática ainda um resquício da proibição portuguesa à manufatura no Brasil Colônia. 


Ou seja, se é industrializado, imposto nele!

Ele ressaltou também a prática absurda do imposto sobre o imposto, formando cascatas tributárias, uma verdadeira loucura. Essa escala insana é observada com a aplicação do “imposto cobrado por dentro”, que é como se calcula a incidência de um tributo já dentro do próprio preço. Isso faz uma alíquota tributária pular de 25% nominais para 33% efetivos.


Diante da afirmação de Qiu Xiaoqi, perguntamo-nos por que, então, nosso povo distraído ainda não mandou para casa os políticos adeptos da má tributação?

Justamente porque, no manicômio, ninguém se dá conta com facilidade de seu estado de loucura. O diabo do manicômio é acharem, lá dentro, que loucos são os outros, como já nos lembrava o mestre Machado de Assis num conto primoroso. 


Para Qiu Xiaoqi, na tributação brasileira a loucura é igual, pois grande parcela da população não percebe que paga imposto, vê como coisa exclusiva dos ricos, que pagam Imposto de Renda. Em sua esperteza colonial, nosso sistema de impostos esconde a maior parte da carga tributária nos custos dos produtos, não permitindo a transparência no preço final. 
O mais alarmante é que ao invés nossos políticos estudarem a viabilização da redução das alíquotas dos principais tributos, reúnem-se para debater a reencarnação de um tributo como a CPMF, já rejeitado pela população e que não constava de nenhum programa eleitoral dos partidos. 

Especialistas na área concordam que isso se trata de uma questão de vontade política. Uma das versões da reforma tributária está no Congresso Nacional desde o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). O problema é que os governantes agem indiferentes ao drama humano dos brasileiros amarrados e exauridos, presos no manicômio tributário do Brasil, como afirmou o embaixador da China.


Dessa forma, perdemos todos. O emprego dos brasileiros é onerado. Tudo fica mais caro. O governo pensa que ganha com o sistema tresloucado, por arrecadar mais; Porém, trabalha contra o crescimento, ao prejudicar os investimentos privados.


Diante dessa realidade no nosso país, 
faço minhas as palavras de Qio Xiaoqi:  


Se isso não é uma espécie de loucura, o
que será então?




Fontes:

Aumento da Carga Tributária Brasileira em 10 Anos Subtraiu R$ 1,85 Trilhão da Sociedade. Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT. Publicado em 28/02/11.
Estudo mostra que Brasil tem a 14ª maior carga tributária do mundo. DA ASSESSORIA. Publicado em 11/03/2011
Carga Tributária - Perguntas & Respostas. Revista Veja. Edição de Janeiro de 2009
Manicômio de Tributos. Revista Época. Edição de 26/02/11






terça-feira, 18 de outubro de 2011

Qualidade de Vida nos Tempos Atuais

Por Hamilton Felix Nobrega

Esta é uma questão que sempre nos faz repensar sobre como estamos vivendo a nossa vida, no decorrer dos dias, na sucessão das estações, no movimento dinâmico do tempo, que segue sua marcha contínua, como o curso das águas. Mas, raramente nos damos conta de que vivemos envoltos em circunstâncias que nos tolhem a capacidade de ver o que realmente necessitamos para se ter qualidade de vida.

Primeiramente devemos buscar entender o que chamamos de qualidade de vida. É certo que para cada um de nós, esse conceito será diferente, embora a essência seja a mesma. Para muitos, qualidade de vida é o que podemos chamar de comodidades materiais. Para outros, é como um rio interior que flui rumo a qualidades psicologias e mentais - Mens sana in corpore sano.

Em relação ao primeiro conceito exposto, devemos ter em mente que a qualidade do mundo que nos vendem, não é a qualidade do mundo em que vivemos. Responda o que você considera melhor:

Receber de alguém um trato digno e afável ou adquirir muitos bens materiais?

Dispor de uma hora diária para si próprio ou uma sã conversa e convivência com amigos ou ter 10m2 a mais na sua casa?

Sermos donos de nós mesmos, ainda que difícil seja, e termos nossas próprias escolhas ou ser escravos dos demais, das opiniões e escolhas alheias, para viver de acordo com o que os outros pregam para nós, mesmo que vivendo na opulência?


O outro conceito apresentado refere-se à qualidade de vida que flui dentro de cada um de nós, que é a vida da alma, ou vida interior, sendo esta, de uma realidade intangível, à qual, no entanto, raras vezes prestamos atenção. Já sabemos que tudo neste mundo é relativo, assim como é relativo à vida que nos rodeia, mas as necessidades da alma são invariáveis.

Buscar a qualidade de vida interior, é buscar abrir caminho, delicada e tenazmente, ao caudal inesgotável de sua fonte eterna, ou seja, à sua origem universal. É alimentar de conhecimento, reflexão, concentração e contemplação do que não se pode ver, mas que se sente. A alma é o verdadeiro sentido vida, a verdadeira qualidade de vida, o único imã real da nossa existência. Todo o resto que este mundo nos oferece, não passa de véus e cenários móveis. 


A vida interior é permanente, não sendo escrava do tempo, não teme a morte. Quem se decide a aventurar passos nesta senda (da alma), sente que o tempo se converte em espaço e passa a sentir dia a dia, mês a mês, ano a ano, uma juventude perene que sempre se renova.



Mas, infelizmente, qualidade de vida nos tempos atuais, está banalizada de acordo com o primeiro conceito exposto nesse texto. Hoje, para muitos, ouso até em dizer que, para quase todos, é mais importante ter do que ser...




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O filme Lanterna Verde e suas Abordagens Filosóficas

Por Hamilton Felix Nobrega

Particularmente, acho que o que é preciso para um bom filme de super-herói é uma boa história, um diretor competente e ótimos efeitos especiais. Mas tudo isso fica ainda melhor, se o filme abordar questões filosóficas.

Eu nunca fui grande fã do Lanterna Verde, e não havia me interessado em assistir o recente filme lançado pela DC Comics, mas por ironia do destino, e devido aos filmes de super-heróis estarem cada vez com mais qualidade e prestígio, acabei assistindo.

O filme aborda profundas reflexões filosóficas que surgem na história do herói e da Tropa das Lanternas Verdes, como por exemplo, a força de vontade.

Na história, a força de vontade é considerada a força mais potente do universo e partes dela são colocadas dentro do anel, que é considerado, então, a arma mais poderosa da galáxia, criando objetos plasmados complexos de acordo com a mente de seu portador, limitado apenas pelo medo, pois este último é que limita a força de vontade de cada um de nós. No filme, quanto maior a força de vontade do usuário, mais eficaz é o anel.

Outra reflexão que se pode tirar do filme, é sobre a nossa humanidade, que mesmo sendo considerada a raça mais jovem do universo, tem um grande potencial de evolução, além de ser a raça mais detentora de sentimentos, que nos tornam mais capazes de superação.
E para finalizar meus comentários sobre as reflexões que filme nos permite, cabe a questão da origem do universo e sua dimensão, além do eterno questionamento se estamos sós ou não. Particularmente, considero uma visão muito egoísta do ser humano, acreditar que existe vida apenas nesse pequeno ponto (planeta) do universo. O filme nos apresenta um grande universo, subdividido em setores (galáxias), que são protegidas por um grupo de líderes galácticos, comandados por um grupo de pequenos anciãos que sempre existiram e cuidaram de preservar a ordem e paz universal.

Além da reflexão, o filme cumpre o seu papel no tocante ao entretenimento, com belas imagens e certos diálogos. Vale a pena assistir...E refletir depois!


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mobilidade no Recife: Trânsito Caótico

Por Hamilton Felix Nobrega


Mensalmente o trânsito da cidade recebe uma média de oito mil novos veículos, tendo atualmente uma frota composta por 500 mil unidades, segundo dados do Detran-PE.
Antes, os congestionamentos eram vistos nas horas de pico ou acidentes, mas hoje, em qualquer lugar, a qualquer hora do dia os engarrafamentos podem ser encontrados. Pode ser no centro da cidade, nos bairros mais afastados ou nas principais vias de acesso que cruzam o Recife.

Ainda segundo dados do Detran-PE, só entre as décadas de 1970 e 1980, a frota do Recife aumentou quase 300%. O número de veículos passou de 44 mil para 116 mil. De lá para cá, a frota vem crescendo num ritmo veloz, em torno de 10% ao ano, mais rápido até que o aumento da população, que cresce em torno de 2 %.

“A gente tem, em média, oito mil habilitações mensais emitidas no Estado. A gente busca tratar a questão da habilitação com mais rigor para ter um condutor mais habilitado e consciente para que torne o trânsito mais seguro e pacífico", declarou Manoel Marinho, diretor-presidente do Detran-PE.

Espinha dorsal do trânsito do Recife, a Avenida Agamenon Magalhães sofre quando há qualquer incidente em uma das ruas que desembocam nela. E quando isso acontece, por tabela, toda a população sofre as conseqüências também. Basta uma chuva um pouco mais forte ou a queda de uma árvore em um dos bairros satélites, que o caos se instala no trânsito do Recife.
O prefeito João da Costa anunciou recentemente um plano que prevê a realização de uma série de ações para fazer com que o trânsito volte a fluir  a serem realizadas dentro de um ano. O conjunto de serviços, que está dividido em nove metas, está orçado em quase R$ 18 milhões. As nove linhas de ações são as seguintes: manutenção e sinalização, criação de giradouros, concurso público, modernização semafórica, mercados públicos, comitê de discussão de mobilidade, ciclovias e disciplinamento de carga e descargas.

O problema da mobilidade urbana no Recife tem gerado muito sofrimento para as pessoas, tanto para os que andam de ônibus, que ficam parados no trânsito, quanto para os quem têm carro, que demoram para chegar ao trabalho, para levar o filho na escola. A população já não suporta mais o desgaste gerado todos os dias.

Outro ponto importantíssimo e a Copa de 2014. Se a Prefeitura e o Governo do Estado não se unirem para resolver essa questão da mobilidade urbana, imaginem o que presenciaremos nesse evento, quando a expectativa é de receber uma alta demanda de turistas.

Fontes:

O Medo

Por Hamilton Felix Nobrega


Todos nós, uma vez ou outra, sentimos medo.

O medo é um sentimento que aniquila, fragiliza, embota nossos talentos, aprisiona nossa alma e tolhe nossa iniciativa. Qualquer situação apresenta duas possibilidades de resultado quando a enfrentamos: ou saímos dela bem-sucedidos ou fracassamos.


O medo nada mais é do que a fixação na derrota, a recusa da mente em considerar a possibilidade do bom resultado; a convicção neurótica de que, em hipótese alguma, seremos capazes de superar nossas limitações.




E, desta forma, muitos dos sonhos que alimentamos permanecem inatingíveis porque não nos permitimos transformar a fantasia em paredes, portas e janelas. Porém, a mudança de atitude é responsabilidade de cada um.
Ninguém pode assegurar sucesso, felicidade ou vitórias a ninguém - afinal, o risco sempre existe: podemos tentar e fracassar, apesar de todo o esforço.

No entanto, uma pergunta se impõe: o que vale mais - cem anos de segurança, resignação e frustrado ou um minuto de alegria e prazer?


O medo tem sua importância, porque tem a função primordial de nos alertar do perigo. E por isso, quem não arrisca fica protegido do perigo - mas, enquanto não pulamos o muro do medo, não sabemos o que existe do outro lado. 

Quem ousaria apostar que, ao invés do fim, encontraremos lá o sentido da nossas vidas?

Quem?!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Biologia: Profissão do futuro


3 de setembro - Dia do Biólogo!

A preocupação mundial com a preservação do meio ambiente tem colocado o biólogo como uma das profissões promissoras com grande importância no futuro. Muito tem se discutido sobre o aquecimento global e a manutenção dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável, fatores necessários para manter a vida na terra; e é nessa perspectiva que o biólogo encontra um vasto campo de estudos que lhe permite atuar na pesquisa, na preservação da vida ou na educação ambiental. 
O vasto campo de estudos da graduação permite que depois de formado o profissional siga caminhos diversos, conforme o seu interesse. Da pesquisa com células-tronco ao trabalho ambiental ou o magistério, a carreira do biólogo é abrangente e promissora, em razão, especialmente, da crescente preocupação com o meio ambiente. A atuação desse profissional é fundamental ainda na descoberta de aplicações de mecanismos na medicina, no desenvolvimento de medicamentos e na indústria, em áreas de fabricação de bebidas e de alimentos, assessorando na implantação de projetos de proteção ambiental e na implantação do ISO 14000 nas empresas. 

Exercício da profissão

O exercício da profissão exige dupla habilitação: a técnico-científica e a legal. A habilitação técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade intelectual do indivíduo, pela posse do diploma fornecido pela autoridade educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A habilitação legal cumpre-se com o registro profissional no órgão competente para a fiscalização de seu exercício; no caso dos biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição.

Áreas do Conhecimento

As áreas e subáreas do conhecimento do Biólogo foram definidas pela Resolução CFBio Nº 10, de 05 de julho de 2003. São elas:

Análises Clínicas;
Biofísica: Biofísica celular e molecular, Fotobiologia, Magnetismo, Radiobiologia;
Biologia Celular;
Biologia Molecular;
Bioquímica: Bioquímica comparada, Bioquímica de processos fermentativos, Bioquímica de microrganismos, Bioquímica macromolecular, Bioquímica micromolecular, Bioquímica de produtos naturais, Bioenergética, Bromatologia, Enzimologia;
Botânica: Botânica aplicada, Botânica econômica, Botânica forense, Anatomia vegetal, Citologia vegetal, Dendrologia, Ecofisiologia vegetal, Embriologia vegetal, Etnobotânica, Biologia reprodutiva, cologia, Fisiologia vegetal, Fitogeografia, Fitossanidade, Fitoquímica, Morfologia vegetal, Manejo e conservação da vegetação, Palinologia, Silvicultura, Taxonomia/Sistemática vegetal, Tecnologia de sementes;
Ciências Morfológicas: Anatomia humana, Citologia, Embriologia humana, Histologia, Histoquímica, Morfologia;
Ecologia: Ecologia aplicada, Ecologia evolutiva, Ecologia humana, Ecologia de ecossistemas, Ecologia de populações, Ecologia da paisagem, Ecologia teórica, Bioclimatologia, Bioespeleologia, Biogeografia, Biogeoquímica, Ecofisiologia, Ecotoxicologia, Etnobiologia, Etologia, Fitossociologia, Legislação ambiental, Limnologia, Manejo e conservação, Meio ambiente, Gestão ambiental;
Educação: Educação ambiental, Educação formal, Educação informal, Educação não formal;
Ética: Bioética, Ética profissional, Deontologia, Epistemologia;
Genética: Genética animal, Genética do desenvolvimento, Genética forense, Genética humana, Aconselhamento genético, Genética do melhoramento, Genética de microrganismos, Genética molecular, Genética de populações, Genética quantitativa, Genética vegetal, Citogenética, Engenharia genética, Evolução, Imunogenética, Mutagênese, Radiogenética;
Imunologia: Imunologia aplicada, Imunologia celular, Imunoquímica;
Informática: Bioinformática, Bioestatística, Geoprocessamento;
Limnologia;
Micologia:  da água, Micologia agrícola, Micologia do ar, Micologia de alimentos, Micologia básica, Micologia do solo, Micologia humana, Micologia animal, Biologia de fungos, Taxonomia/Sistemática de fungos;
Microbiologia: Microbiologia de água, Microbiologia agrícola, Microbiologia de alimentos, Microbiologia ambiental, Microbiologia animal, Microbiologia humana, Microbiologia de solo, Biologia de microrganismos, Bacteriologia, Taxonomia/Sistemática de microrganismos, Virologia;
Oceanografia: Biologia Marinha;
Paleontologia: Paleobioespeleologia, Paleobotânica, Paleoecologia, Paleoetologia, Paleozoologia;
Parasitologia: Parasitologia ambiental, Parasitologia animal, Parasitologia humana, Biologia de parasitos, Patologia, Taxonomia/Sistemática de parasitos, Epidemiologia;
Saúde Pública: Biologia sanitária, Saneamento ambiental, Epidemiologia, Ecotoxicologia;
Zoologia: Zoologia aplicada, Zoologia econômica, Zoologia forense, Anatomia animal, Biologia reprodutiva, Citologia e histologia animal, Conservação e manejo da fauna, Embriologia animal, Etologia, Etnozoologia, Fisiologia animal/comparada, Controle de vetores e pragas, Taxonomia/Sistemática animal, Zoogeografia.

Área de Atuação

Conservação, manejo e sustentabilidade da biodiversidade e dos ecossistemas:
·         Ecotoxicologia;
·         Gestão ambiental;
·         Ecoturismo;
·         Estudos ambientais (EIA, RIMA, PRAD, RAD, PTRF, etc);
·         Estudos e invetários das espécies animais, vegetais e microbianas;
·         Gestão de bacias hidrográficas;
·         Gestão de efluentes e resíduos;
·         Gestão de museus, jardins botânicos e zoológicos;
·         Gestão de parques, reservas e outras Unidades de Conservação;
·         Jardinagem e Paisagismo;
·         Licenciamento e controle ambiental;
·         Recuperação / restauração de ambientes degradados;
·         Tratamento, controle e monitoramento biológico da qualidade do ar, água e solo.
·         Bioensaios;
·         Bioinformática;
·         Bioprospecção;
·         Biorremediação;
·         Bioterismo;
·        Desenvolvimento, controle e comercialização de equipamentos e materiais de laboratórios;
·         Engenharia genética;
·         Floricultura;
·         Genômica;
·         Processos fermentativos;
·   Produção, cultivo, criação e comercialização de espécies animais e vegetais nativas, exóticas e domesticadas;
·         Produção de células, tecidos, órgãos e organismos;
·         Produção de kits biológicos;
·         Tecnologia ambiental;
·     Tecnologia de produtos e processos de interesse para as áreas de meio ambiente, saúde e agroindústria;
·         Melhoramento genético animal e vegetal;
·         Análise e aconselhamento genético;
·         Reprodução Humana Assistida;
·         Biologia Forense (Perícia Criminal);
·         Análises Clínicas;
·         Gestão Laboratorial;
·         Análises Radiobiológicas;
·         Circulação Extracorpórea(CEC);
·         Citopatologia;
·         Anatomopatologia;
·         Banco de Sangue;
·         Banco de Sêmen;
·         Banco de Órgãos;
·         Controle biológico de vetores e pragas;
·         Análises Bromatológicas;
·         Coleta de materias biológicos para diagnóstico laboratorial;
·         Análises Ambientais;
·         Controle de zoonoses;
·         Epidemiologia e saúde pública;
·         Vigilância sanitária
·         Educação ambiental;
·         Ensino de nível fundamental e médio;
·         Produção científica e extensão;
·         Universidades e instituições de ensino superior. 

Um Biólogo é aquele que:

Muito além de cuidar de plantas e animais, acredita na imortalidade da natureza e quer preservá-la.
Ouve cada ruído da floresta e procura entendê-lo.
Gosta de terra molhada, do mato fechado, da lua, do sol e principalmente, tomar banho de chuva.
Importa-se quando a natureza sofre e aproxima-se de seus instintos.
Perde medos e assim ganha novos amigos que não decepcionam como os serem humanos.
Luta contra gaiolas, jaulas e correntes.
Vê um animal e sente o que seus olhos deixam transparecer.
Tem a consciência que o planeta é nossa casa,
E acima de tudo, gostar da vida e de viver!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Porque insistimos em sempre ter razão?



Oito da noite, numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.
O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. 

Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita. 




Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber:
- Se tinha tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devia ter insistido um pouco mais... 

E ela diz:

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! 


Moral da história:


Esse fato foi contado por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no trabalho.
Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Diante disso me pergunto:
'Quero ser feliz ou ter razão?'

E lembrei-me de outro pensamento parecido que diz o seguinte:
“Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."



Assessoria em Trabalhos Acadêmicos

Pensando nos diversos estudantes que tem dificuldade em formatar seus trabalhos acadêmicos, seja por falta de conhecimento técnico ou por falta de tempo, ofereço o serviço de assessoria acadêmica para revisões, correções e elaboração de apresentações em slides.