Por Hamilton Felix Nobrega
Esta é uma questão que sempre nos faz repensar sobre como estamos vivendo a nossa vida, no decorrer dos dias, na sucessão das estações, no movimento dinâmico do tempo, que segue sua marcha contínua, como o curso das águas. Mas, raramente nos damos conta de que vivemos envoltos em circunstâncias que nos tolhem a capacidade de ver o que realmente necessitamos para se ter qualidade de vida.
Em relação ao primeiro conceito exposto, devemos ter em mente que a qualidade do mundo que nos vendem, não é a qualidade do mundo em que vivemos. Responda o que você considera melhor:
Receber de alguém um trato digno e afável ou adquirir muitos bens materiais?
Dispor de uma hora diária para si próprio ou uma sã conversa e convivência com amigos ou ter 10m2 a mais na sua casa?
O outro conceito apresentado refere-se à qualidade de vida que flui dentro de cada um de nós, que é a vida da alma, ou vida interior, sendo esta, de uma realidade intangível, à qual, no entanto, raras vezes prestamos atenção. Já sabemos que tudo neste mundo é relativo, assim como é relativo à vida que nos rodeia, mas as necessidades da alma são invariáveis.
Buscar a qualidade de vida interior, é buscar abrir caminho, delicada e tenazmente, ao caudal inesgotável de sua fonte eterna, ou seja, à sua origem universal. É alimentar de conhecimento, reflexão, concentração e contemplação do que não se pode ver, mas que se sente. A alma é o verdadeiro sentido vida, a verdadeira qualidade de vida, o único imã real da nossa existência. Todo o resto que este mundo nos oferece, não passa de véus e cenários móveis.
A vida interior é permanente, não sendo escrava do tempo, não teme a morte. Quem se decide a aventurar passos nesta senda (da alma), sente que o tempo se converte em espaço e passa a sentir dia a dia, mês a mês, ano a ano, uma juventude perene que sempre se renova.
A vida interior é permanente, não sendo escrava do tempo, não teme a morte. Quem se decide a aventurar passos nesta senda (da alma), sente que o tempo se converte em espaço e passa a sentir dia a dia, mês a mês, ano a ano, uma juventude perene que sempre se renova.
Mas, infelizmente, qualidade de vida nos tempos atuais, está banalizada de acordo com o primeiro conceito exposto nesse texto. Hoje, para muitos, ouso até em dizer que, para quase todos, é mais importante ter do que ser...
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